Domingo, 16 de Novembro de 2008

Aniversário do meu Tio

O meu Tio hoje faz anos. Por tudo o que representa para mim, aqui vai uma pequena homenagem, com um poema da sua autoria.

 

Já o musiquei e tornei-o numa das canções de que mais gosto.

Por hoje, ficamos só com o poema…

 

Da série “Poemas sem Título”

 

Horas vagas, vazias de tempo

Cheias de ócio em lânguido lazer

Cheias de nada que julgo esquecer

Em horas mortas do meu pensamento

 

Refrão

 

Hora a hora

As horas passam

Que me importa

Que nelas façam,

Se hora a hora

Deus melhora

Diz o povo em seu rifão

Cada hora uma paixão

E eu já contei tanta hora

 

 

Horas e horas...De horas vagas,

Sem intervalos....Horas inteiras

Esperando outras mais verdadeiras

Em horas mortas do meu pensamento

 

Refrão

 

Hora a hora

As horas passam

Que me importa

Que nelas façam,

Se hora a hora

Deus melhora

Diz o povo em seu rifão

Cada hora uma paixão

E eu já contei tanta hora

 

 

Muitos Parabéns!

publicado por Tretoso_Mor às 22:24
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Quinta-feira, 25 de Setembro de 2008

As TRETAS com o meu Tio – o Metro

Tenho um Tio 14 anos mais velho que eu. A sua aparência jovial, acabava por, na fase dos meus 18-20 anos (32-34 dele), dar a ideia que éramos quase da mesma idade. (Bom, o meu Tio se me estiver a ler, já deve estar todo babado). Depois deste pequeno parêntesis vou deixar registada para a posteridade uma situação que hoje, para nós é realmente hilariante, mas extremamente constrangedora na altura.

 

Num outro Post falarei dele e de mim e das nossas “coincidências”, mas hoje irei falar da “Aventura do Metropolitano”.

 

Na época, vivia ele em casa dos meus pais, preparando o “salto” para o lado de uma “moçoila” muito simpática, a quem hoje chamo Tia. A “safada” tanto andou, tanto andou, que se deixou catrapiscar lá pelo rapaz. Coitada!... Aquelas coisas de mulheres, todos sabemos…

Bom, mas voltando à história.

Diariamente, as manhãs repetiam-se. Saíamos de casa juntos, viajávamos juntos até determinado ponto, para depois nos separarmos, seguindo cada um o seu caminho.

Saíamos de casa à mesma hora, apanhávamos o comboio à mesma hora, entrávamos na mesma porta da carruagem, apanhávamos o mesmo Metro e, durante o percurso, encontrávamos sempre as mesmas pessoas…

 

O meu Tio, sempre macambúzio até ao primeiro café da manhã que só o bebia depois de se separar de mim, não abria a boca. Claro que isso não impedia que comunicássemos com o olhar e fossemos “gozando o pagode” todo o caminho. Ou porque era a mini-saia de uma rapariga que passava, ou o nariz empinado de outra, ou o buço de uma terceira. Podia ainda ser a gravata de um qualquer indivíduo, ou a camisa, ou o cheiro…

 

Enfim!...

Era no trajecto para o comboio, era no comboio, era na ligação com o metro e durante a viagem de metro. Havia sempre motivo para nos divertirmos silenciosamente.

 

A “malta” ia tão entretida a desfrutar as “cenas” que nos circundavam, que não reparávamos na TRETA que nos estava a acontecer!...

 

Bom, às sextas-feiras, o meu Tio ia para Lisboa trabalhar com um saco de viagem. É que o fim-de-semana, eram “dias de amasso” (expressão da Patrícia) passados no Alentejo, com a então, minha futura Tia.

 

Nos outros dias da semana despedíamo-nos normalmente, pois reencontrávamo-nos à noite. Mas nas sextas-feiras era diferente. Sempre fui habituado a despedir-me dos meus familiares mais velhos com um beijo.

Claro que era o que fazia quando me separava dele no Metro.

 

As primeiras vezes nem reparei no olhar das pessoas porque, como já contei, íamos demasiado distraídos.

 

Uma sexta-feira, no entanto, depois do meu Tio sair do Metro, ficando eu sozinho e mais concentrado no que me rodeava, pelo canto do olho, apercebi-me dos olhares de reprovação das pessoas, particularmente de uma senhora de idade que viajava sempre naquela carruagem.

 

Achei estranha a reacção. Tentei perceber se, na segunda-feira seguinte o comportamento seria o mesmo. Achei algum retraimento inicial, mas nada de anormal.

Até que chegou novo dia de viagem. Nesse dia é que foram elas!...

 

Depois de me despedir do meu Tio, houve uma senhora que diz em voz alta:

- Que poucas-vergonhas logo pela manhã!....

Na altura fiquei tão admirado e irritado que nem consegui responder à senhora.

 

Quando contei ao meu Tio, depois da admiração inicial, acabou por concordar comigo, teríamos de gozar a situação (e então ele, que ainda é pior que eu!).

 

Eheheh!...

Escusado será dizer que, durante a semana seguinte naquela carruagem do Metro, não nos calávamos e, à sexta-feira, despedíamo-nos com dois beijos na mesma, mas comigo a exclamar num tom acima do normal enquanto o meu Tio saía da carruagem:

- Tio boa viagem e dê beijinhos à Tia A.

 

Os queixos das senhoras começaram a cair de admiração, alguns com maior rapidez, outros só ao fim de uma semana.

 

Pois é!...

Raios partam isto, que a mente das pessoas é mesmo muito depravada!

publicado por Tretoso_Mor às 11:36
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