Hoje é outro dia especial para outra pessoa especial para mim.
Se não fosse esta pessoa especialíssima, eu hoje não estaria aqui mas, principalmente, não eu não seria como sou.
Faz hoje anos o meu PAI.
O meu Pai, que chegou a andar com a trouxa da roupa na cabeça, enquanto atravessava o rio Tejo a nado, vindo dos bailaricos de Espanha, por não confiar no barqueiro que o tinha levado, a ele e aos amigos da aldeia, para o lado de lá. É que o senhor do remo, enfrascava-se com o dinheiro da travessia, e depois não estava em condições de navegar para a outra margem!...
As correntes eram fortes, mas era mais seguro vir a nado, que “embarcado”!...
Bom, mas esse jovem, depois de crescido, tantas voltas deu, que acabou por ir parar à terra da minha mãe.
Lá engraçaram um com o outro, começaram a namorar com o olhar de soslaio do meu avô, o José, mas com o apoio da minha avó, a Catarina, sob o olhar admirado do meu Tio que, com 9 anos de idade, achava que a minha mãe não se devia casar com aquele senhor, pois ela iria enjoar-se cedo, uma vez que ele comia sempre a mesma coisa todos os dias!..
É que o meu pai, quando à hora do jantar se despedia da minha mãe, dizia sempre “Bom, está na hora, vou às MIGAS, até logo”…
Bom, depois de casados e muitas refeições diferentes após, provando ao meu Tio que estava enganado, nasceu o Tretoso, o Mor.
Sempre me lembro de o meu Pai ser uma pessoa com uma postura séria em ambientes formais, mas muito simpático em todas as ocasiões.
Recordo-me desde muito pequeno de o observar e perceber que, mesmo em situações onde parecia estar muito sério, se estava a rir por dentro, porque o meu Pai… Ri-se com os olhos!...
Fervoroso adepto do símbolo máximo do nosso patriotismo, o BENFICA, deixa-me actualmente preocupado, pois parece querer ainda, com a idade que tem, empunhar as armas e lutar pela causa, quando vê árbitros armados em “Bushes” da justiça futebolística, lesar-lhe o orgulho Benfiquista.
O sentido de dever e responsabilidade que sempre incutiu em nós, foram deveras marcantes.
O racionalismo sempre presente nas suas palavras e pensamento, “irritavam” pela eficácia e assertividade das suas decisões.
O valor atribuído à família e o sentido de solidariedade, levaram-no a nunca negar o apoio a ninguém.
O exemplo que sempre nos deu em relação a TUDO, foram pauta de uma melodia que permanece enraizada dentro de nós, continuando a assobiá-la.
Bem sei que me lesou na herança, quando resolveu, com a minha mãe, ter o segundo filho (brincadeira), mas agora acho que valeu a pena.
O PAI é uma das pessoas mais importantes para mim.
Parabéns!
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