O Governo da Real República do Troca-o-Passo resolveu atirar o barro à parede e tentar pagar os salários em géneros, sem o acordo dos trabalhadores.
Em declarações ao Jornal da TRETA, o Genheiro Hipócrates, o nosso Ministro Mor, justificou a proposta governamental da seguinte forma:
“Convenhamos que face à falta de liquidez (dinheiro corrente), é muito melhor esta forma de pagamento. Problemas?... Onde é que eles estão?... Os nossos antepassados, não viviam assim?... E era malta saudável!... Conquistaram o território aos Romanos, aos Mouros, aos Castelhanos, e tudo à custa de quê?...
Claro!... das galinhas, dos feijões, das favas, da carninha salgada….
A malta não podia mandar parar a guerra para ir ao restaurante comer.
Como tal, não era necessário pagar em cruzados.
Pagava-se em géneros!
Vejamos agora como podem beneficiar as empresas com esta modalidade de pagamento, e a economia global.
A PT por exemplo, tem cerca de 7.500 trabalhadores.
Começando pelo leite: supondo que são todos casados, e com uma média de 1 filho por cada trabalhador, temos de fornecer para três pessoas. Considerando que cada pessoa bebe meio litro (0,5l) de leite por dia, mensalmente e por trabalhador, terá de se comprar 45 litros = 30 dias x 0,5l x 3.
Se estamos a falar de 7. 500 trabalhadores, terão de se comprar, 337.500 litros de leite por mês, ou seja, 4.050.000 litros por ano.
Ora nestas condições, e fazendo o paralelismo para outros bens essenciais, estamos já a falar na necessidade de se criar mais uma empresa no mercado, e que, a avaliar pelas quantidades envolvidas, virá a ser concorrente das grandes superfícies.
Se vai existir mais uma grande superfície, esta tem de garantir a entrega dos produtos ao longo do País, com pontos de distribuição espalhados pelo território.
Ora neste caso, estamos também a entrar na regionalização das políticas económicas, com impacto significativo no crescimento do emprego no País.
Neste contexto, estamos perante mais um importante benefício pelo facto de se estar a pagar em espécie.
Se considerarmos realidade idêntica com a EDP, a EPAL, a GALP, os CTT, a Administração Pública, os Bancos, as Seguradoras, isto só para falar nas organizações de maior dimensão neste País, estaremos com um nível de crescimento económico considerável!
Com esta realidade, qual é o problema do pagamento em espécie?....
Não percebo!....”
Nota Editorial: Só não estamos a ver os membros dos conselhos de administração destas a empresas a receber os ordenados em frangos, ovos, leite, carcaças e afins, mas não custa tentar para saber a opinião deles.
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