Segunda-feira, 29 de Setembro de 2008

O Primeiro dia de um novo ciclo.

Pois é!....

Hoje foi o primeiro dia de aulas da minha filha, na Universidade!

 

Aquele piolho electrónico, que há pouco tempo, ainda não tinha um ano e já construía frases completas para admiração de todos os que paravam para lhe falar, já está na Universidade!...

 

Dirigiam-se a ela e perguntavam-lhe com aquele ar ridículo de “bebé gigante”:

- Olá!.. Tu g’otas de bincai?...

Respondia logo ela:

- Gosto e brinco muito com a minha Bá ( a senhora que tomava conta dela).

- E agora tenho de ir à loja comprar “burreçados” (acho que esta era a única palavra que pronunciava de forma errada).

As pessoas ficavam muito admiradas com a facilidade de expressão da miúda e com a correcção com que soletrava algumas sílabas difíceis. Rapidamente deixei de ser conhecido naquele meio pequeno pelo meu nome, para passar a ser conhecido pelo pai da Kikas.

 

Com três anos a Tia de que já falei noutro Post, convenceu-a a furar as orelhas. Depois de algum trabalho levaram-na a um ourives. No primeiro disparo da pistola, fugiu de todos e só a agarrei já na rua. Ninguém mais conseguiu convencê-la a colocar o outro brinco. Disse logo que só pensaria nisso quando entrasse para a escola. Neste intervalo de tempo, exibia com muito orgulho o único brinco que tinha, provocando as pessoas a comentar a falta de furo na outra orelha.

 

Só aos seis anos é que decidiu fazer mais um furo.

Como aquele não lhe doeu, pediu no mesmo dia para fazer mais um. E assim ficou com três furos nas orelhas, por vontade própria. Até que ficava muito gira.

 

Muito refilona, sempre teve um elevado sentido de justiça, o que muitas vezes a levava a protestar com decisões que julgava injustas. Depois de explicadas as razões, ou compreendia, ou acatava apenas, originando que na primeira oportunidade esgrimisse de novo os seus argumentos.

 

Na escola era uma “Maria-rapaz”. Tinha as amigas dela, mas sempre jogou os jogos dos rapazes, andou à tareia com eles e fez grandes amigos de ambos os lados.

 

Entrou para os escuteiros. Tinha de ser diferente. Foi para os escuteiros Marítimos. Sempre viveu as actividades com intensidade. No mar ou em terra, enquanto não soubesse fazer as coisas, não descansava. Para todas as actividades radicais,então, podiam contar sempre com ela.

O grande sonho que tem é poder um dia abrir uma secção dos escuteiros na terra onde vive.

 

Entretanto foram os namoricos. A gaiata é tramada!...

 

Hoje lá fui com ela explicar-lhe o trajecto pelos transportes públicos. Ela tem vivido quase na província. Apesar de ser toda desenrascada e despachada, é uma despistada da quinta casa. Já foi três vezes de carro à faculdade, mas hoje como fomos de transportes, perdeu-se. Eu que também sou um tipo com “excelente” sentido de orientação, à conta do engano andei mais 3 (três) kms do que devia.

 

Bom, mas soube bem ir lá com ela e até me diverti com o engano.

 

É com estas TRETAS que um gajo sente que a vida está a passar por nós a uma velocidade estonteante!...

 

Haja saúde!

 

publicado por Tretoso_Mor às 20:24
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Sexta-feira, 26 de Setembro de 2008

As expressões de alívio, protesto e admiração

Voltando às expressões que utilizava, e algumas ainda hoje as digo, lembrei-me das de desespero. Empregues em circunstâncias extremas de dor, aflição, enfado, espanto, alívio e tantos outros estados de espírito, representam no entanto um verdadeiro alívio para a “alma”.

 

Esta manhã queimei um dedo no cigarro e a primeira coisa que disse foi um “foda-se que me queimei”. Como se estivesse a dar uma grande notícia ao meu corpo!...

Quando vociferei, já o dedo tinha fugido, o cigarro que inicialmente ficou colado ao lábio caiu e “pousou-se” nas calças… Mais uma sacudidela para não queimar o tecido, mais uma queimadela na mão, e então é que saiu o resto que tinha de sair….

- Mas quem me manda fumar?.. Fosga-se !... (palavra detestada pelo Apenas um Gajo).

 

Bom, entre pensamentos recriminatórios para a direita e apaziguadores para a esquerda, dei por mim a rir, lembrando-me das asneiradas que disse. E como os pensamentos são como as cerejas, acabei por recordar as TRETAS que se diziam no meu tempo e que ainda hoje prevalecem.

 

As alusões eram diversas, mas o sentido sempre o mesmo.

 

Oh c’um caneco.

Ah catano.

Ai o caraças!

Xiça!...

Livra!

Dassssss (eheheh!... uma das minhas preferidas)

Fénix.

Porra!

Merda.

Filha da puta!...

Puta que pariu esta merda!...

Vai te catar de pulgas.

Vai c’os porcos.

Já tá tudo fod****!...

Ai os tomates do padre Inácio!...

 

Haverá mais de que não me recordo e para terminar vou deixar a expressão que eu mais gostava de dizer:

 

Xiça penico, três-quinze chapéu de coco, corta Vicente, lagarto lagarto!

 

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publicado por Tretoso_Mor às 16:58
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Quinta-feira, 25 de Setembro de 2008

As TRETAS com o meu Tio – o Metro

Tenho um Tio 14 anos mais velho que eu. A sua aparência jovial, acabava por, na fase dos meus 18-20 anos (32-34 dele), dar a ideia que éramos quase da mesma idade. (Bom, o meu Tio se me estiver a ler, já deve estar todo babado). Depois deste pequeno parêntesis vou deixar registada para a posteridade uma situação que hoje, para nós é realmente hilariante, mas extremamente constrangedora na altura.

 

Num outro Post falarei dele e de mim e das nossas “coincidências”, mas hoje irei falar da “Aventura do Metropolitano”.

 

Na época, vivia ele em casa dos meus pais, preparando o “salto” para o lado de uma “moçoila” muito simpática, a quem hoje chamo Tia. A “safada” tanto andou, tanto andou, que se deixou catrapiscar lá pelo rapaz. Coitada!... Aquelas coisas de mulheres, todos sabemos…

Bom, mas voltando à história.

Diariamente, as manhãs repetiam-se. Saíamos de casa juntos, viajávamos juntos até determinado ponto, para depois nos separarmos, seguindo cada um o seu caminho.

Saíamos de casa à mesma hora, apanhávamos o comboio à mesma hora, entrávamos na mesma porta da carruagem, apanhávamos o mesmo Metro e, durante o percurso, encontrávamos sempre as mesmas pessoas…

 

O meu Tio, sempre macambúzio até ao primeiro café da manhã que só o bebia depois de se separar de mim, não abria a boca. Claro que isso não impedia que comunicássemos com o olhar e fossemos “gozando o pagode” todo o caminho. Ou porque era a mini-saia de uma rapariga que passava, ou o nariz empinado de outra, ou o buço de uma terceira. Podia ainda ser a gravata de um qualquer indivíduo, ou a camisa, ou o cheiro…

 

Enfim!...

Era no trajecto para o comboio, era no comboio, era na ligação com o metro e durante a viagem de metro. Havia sempre motivo para nos divertirmos silenciosamente.

 

A “malta” ia tão entretida a desfrutar as “cenas” que nos circundavam, que não reparávamos na TRETA que nos estava a acontecer!...

 

Bom, às sextas-feiras, o meu Tio ia para Lisboa trabalhar com um saco de viagem. É que o fim-de-semana, eram “dias de amasso” (expressão da Patrícia) passados no Alentejo, com a então, minha futura Tia.

 

Nos outros dias da semana despedíamo-nos normalmente, pois reencontrávamo-nos à noite. Mas nas sextas-feiras era diferente. Sempre fui habituado a despedir-me dos meus familiares mais velhos com um beijo.

Claro que era o que fazia quando me separava dele no Metro.

 

As primeiras vezes nem reparei no olhar das pessoas porque, como já contei, íamos demasiado distraídos.

 

Uma sexta-feira, no entanto, depois do meu Tio sair do Metro, ficando eu sozinho e mais concentrado no que me rodeava, pelo canto do olho, apercebi-me dos olhares de reprovação das pessoas, particularmente de uma senhora de idade que viajava sempre naquela carruagem.

 

Achei estranha a reacção. Tentei perceber se, na segunda-feira seguinte o comportamento seria o mesmo. Achei algum retraimento inicial, mas nada de anormal.

Até que chegou novo dia de viagem. Nesse dia é que foram elas!...

 

Depois de me despedir do meu Tio, houve uma senhora que diz em voz alta:

- Que poucas-vergonhas logo pela manhã!....

Na altura fiquei tão admirado e irritado que nem consegui responder à senhora.

 

Quando contei ao meu Tio, depois da admiração inicial, acabou por concordar comigo, teríamos de gozar a situação (e então ele, que ainda é pior que eu!).

 

Eheheh!...

Escusado será dizer que, durante a semana seguinte naquela carruagem do Metro, não nos calávamos e, à sexta-feira, despedíamo-nos com dois beijos na mesma, mas comigo a exclamar num tom acima do normal enquanto o meu Tio saía da carruagem:

- Tio boa viagem e dê beijinhos à Tia A.

 

Os queixos das senhoras começaram a cair de admiração, alguns com maior rapidez, outros só ao fim de uma semana.

 

Pois é!...

Raios partam isto, que a mente das pessoas é mesmo muito depravada!

publicado por Tretoso_Mor às 11:36
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Terça-feira, 23 de Setembro de 2008

Uma história que vos deixo.

Hoje vou transcrever uma história que escrevi em tempos no Blog “Quem Conta”. Este espaço é de uma amiga, onde se propõe contar uma história a partir de uma palavra ou frase lida ou ouvida de alguém. O texto que vão ler, criei-o a partir de um texto anterior da Blogger sobre a “cara ou coroa” e porque sabia da intolerância desta amiga ao feijão-frade quando miúda.

 

Esta iniciativa tem por objectivo “picar” a Liana para que volte a dar vida a este espaço, tão bonito e criativo.

 

Com a devida autorização aqui vai ele.

 

“Feijão Frade.

 

Afinal tudo não passa de uma teimosia, pensava ela, enquanto tamborilava os deditos no tampo da mesa, esperando desesperada que a mãe lhe colocasse o prato da sopa à sua frente. Desde que transpusera a porta da rua, o aroma que chegava da cozinha, adivinhava o martírio de ter de aceitar aquela ementa.

 

Afinal tudo não passa de um jogo de poder maternal, e isto pensava ela enquanto esperava agonizante, na mesa de casa de jantar, que a mãe lhe colocasse o prato da sopa de feijão de duas caras.

 

Cheirou à sua volta e sentiu que por vezese os aromas se tornam tão familiares que  deixam de ser reconhecidos de imediato.

Só quando sentia aquele cheiro, no limiar dos mais horrendos alguma vez sentidos por uma jovem na flor da idade, reconhecia que todos os outros odores, por menos agradáveis que fossem, existiam e eram sempre melhores que aquele cheiro a sopa de feijão frade!..

Dos sabores dos alimentos de verão, ficavam no palato os mais fortes, como nas tascas onde se confeccionam os petiscos mais apetitosos. Gente dos copos, sentada numa mesa de mármore, em frente aos pratinhos das confecções apaladadas e cheirosas. E as palavras a soltarem-se por ali, atrás do aroma de um tinto carrascão.

 

Afinal isto é mesmo uma teimosia escolhida sem pesos mas na medida de provocar a vontade da menina,  em que o prato da balança tende sempre mais para um lado, a mãe, embora as chances da menina sejam completamente .... nulas!

 

O prato da  sopa aterrando mesmo á sua frente, em violento solavanco, espelhado nos salpicos deixados sobre a mesa, fazia transparecer a ira daquela mãe sempre carinhosa, mas inflexível no exercício do poder que lhe lhe foi conferido.

 

Não tinha jeito argumentar a favor ou contra!

Por isso deixava que as colheradas lhe fossem dadas, sempre atulhadas, raspando pelos lábios para aproveitas os fios de sopa que caíam pela contrariedade, mas que tinham de ser carinhosamente aproveitados para nada se desperdiçar.

 

O olhar daquela menina, enquanto mastigava aquelas cascas escorregadias, fixava-se naquelas formas amosquitadas que boiavam e repugnavam. Ela sabia que eram os olhos!...

Mas como é possível a uma criança, a quem se ensina a construir a sua própria personalidade, dar-se um alimento de duas caras?...

 

Pior ainda, é a dúvida com que uma criança fica, pois nunca sabe qual das caras está a comer.

 

- Mas as crianças, porque as fazem sofrer assim?

Bastava uma sopinha de feijão de uma cara!... Não era necessário ser logo de feijão com duas caras!...

Os santos, de quem todos se lembram quando troveja, já tinham ido de férias até à praia da Vagueira. E o feijão, com dois olhos ao lado, boiava dentro da colher, na esperança de um dia dali caír

 

Tudo uma questão de paciência, pensou de novo, porque as duas hipóteses estavam ali, uma em cada cara do feijão!

 

Agora bastava esperar que a colher entornasse!.. e depois, escolher em qual das duas caras dar a chapada da vingança.

 

A colher inclinou-se. Imobilizou-se em frente da sua boca. Ali estava o feijão de duas caras. Ela não sabia qual escolher. Ainda pensou se não haveria uma mais bonita que a outra, para o castigo ser mais sentido.

 

De repente parou!...

Pensou!...

E ... perguntou:

- Mãe, porque é que há sempre um dos dias da semana, que tens uma cara diferente da dos outros dias da semana?...

 

A colher caíu de repente, pousou-se no prato. Abraçaram-se as duas.

 

A cara da mãe, passou a ser sempre a mesma

 

 

(Porque as histórias têm sempre um final feliz)”

 

 

Liana, volta em breve!

 

publicado por Tretoso_Mor às 09:44
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Segunda-feira, 22 de Setembro de 2008

Hoje estou que nem posso!...

 

 

Há dias assim!...

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publicado por Tretoso_Mor às 12:34
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Quinta-feira, 18 de Setembro de 2008

TRETAS breves

 

O Paraíso é aquele lugar onde o humor é britânico, os cozinheiros são franceses, os mecânicos são alemães, os amantes são portugueses e tudo é organizado pelos suíços.

 

O Inferno é aquele lugar onde o humor é alemão, os cozinheiros são britânicos, os mecânicos são franceses, os amantes são suíços e tudo é organizado pelos portugueses.

 

(Recebido por e-mail. Autor desconhecido.)

 

publicado por Tretoso_Mor às 10:17
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Terça-feira, 16 de Setembro de 2008

A desresponsabilização dos órgãos do Estado!...

 

 

Ora aqui está!...

Finalmente começam a chegar a um ponto que tenho batalhado!...

Os Políticos legislam para se protegerem, de si para consigo.

 

Numa entrevista à TSF, o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Dr. Juiz Noronha de Nascimento, declara que «O problema é que o juiz é um dos titulares de órgãos de soberania que, tal como um ministro ou um deputado, actua em nome do Estado e de acordo com o princípio constitucional do mandato», logo, não deve ser responsabilizado.

 

Quando o “pessoal” começa a ser apertado, a ter de responder pelos actos e pelas decisões… meus amigos… vamos lá a socorrer-nos das leis!..

 

Pasme-se!...

As leis, feitas pelos POLÍTICOS, ilibam de responsabilidades, Governantes (ministros) e Deputados!..

Deixem-me ver se percebo!...

 

Aqueles que decidem sobre o destino de um País, não são responsabilizados pelas suas decisões!...

 

Aqueles que gerem o erário Público e sobre ele decidem, não são responsabilizados por esses actos!...

 

Aqueles que decidem sobre as vidas de cada um de nós, como cidadãos de um País, em termos económicos, financeiros, sociais, profissionais e políticos, não são responsabilizados pelos seus actos!...

 

Aqueles que decidem sobre a equidade de tratamento de um cidadão perante a lei, não são responsabilizados pelas suas decisões!...

 

Afinal que TRETA é esta?....

 

Só num País onde a prepotência impera, é possível existir uma situação destas.

É por isso que os políticos em Portugal hão-de continuar a fazer o que querem!...

Claro… Nunca irão responder pelo que fazem!...

 

Com que moral podem os políticos exigir responsabilidade a quem gere os organismos públicos, se eles não dão o exemplo?

 

Meus amigos, isto é como numa empresa. Como pode a administração de uma empresa exigir compromissos dos  seus directores, se os administradores não os têm?

 

Podem dizer que os políticos respondem em cada acto eleitoral.

TRETAS e Balelas! O Zé Povinho pode não votar neles, mas o mal está feito, o dinheiro está gasto e a malta a pagar!...

 

Está a pouca vergonha montada e assumida em declarações públicas.

 

Há um ditado popular que diz e muito bem “zangam-se as comadres, descobrem-se as verdades”…

 

Meus senhores, sim, protejam-se na capa da legislação feita de Vós para Vós, quando vos começarem a apertar os calos.

 

Será que não percebem que vos fica mal?...

 

publicado por Tretoso_Mor às 12:44
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Sexta-feira, 12 de Setembro de 2008

O Mundo financeiro!...

Um proeminente empresário judeu, entrou no banco onde era cliente e dirigiu-se ao gestor de conta:

- Bom dia, Dr. Poupado.

- Bom dia, Dr. Jacob, como está o senhor? Que o traz por cá?

Disse o empregado do Banco admirado por o ver.

- É que normalmente, é o Sr.Isaac que cá vem tratar dos seus assuntos.

- Não há problema nenhum, Dr. Poupado é que eu queria pedir um empréstimo, mas em nome pessoal, não da minha empresa.

- Pois muito bem Dr. Jacob. Estou ao seu dispor.

- Dr. Poupado queria pedir 5,00€ emprestados por um mês. Precisava saber quais são as condições.

- Oh Doutor!... Mas… eu… não tenho coragem de responder a esse seu pedido!... O Banco não o iria fazer!..

- O quê?... O Banco não me empresta 5,00€ por um mês?...Nesse caso vou levantar todo o meu dinheiro daqui!..

- Dr. Jacob, a administração do Banco ficaria zangada comigo se eu, fizesse essa operação a um cliente como o senhor!...

- Bom, nesse caso, dê-me por favor os papéis para eu transferir todo o meu dinheiro para outra instituição bancária.

- Dr. Jacob, o senhor não me faça uma coisa dessas!..estão aqui os papéis para o empréstimo, faça favor….

O empregado do Banco, muito aflito lá entregou a papelada ao Dr. Jacob.

- Ah! Já agora, diga-me quanto terei de pagar de juros, por favor.

- Doutor, atendendo que é um cliente tão importante….serão… 0,03€ de juros.

- Muito bem, aceito. Já agora onde tenho de preencher a identificação das garantias que vou deixar?

- Oh Doutor, o senhor não tem de deixar garantias nenhumas!...

- Mas eu faço questão, ou terei de repensar com que Banco vou trabalhar no futuro?...

O empregado já não sabia onde se havia de meter…

- Eu quero deixar o meu carro como garantia.

- Doutor, não me faça uma coisa dessas… por esse valor não posso aceitar….

Perante a irritação do cliente anuiu e indicou o local para preenchimento da ficha.

- Pronto!...Agora, meu amigo está aqui a chave do carro.

- Doutor, mas o senhor não precisa deixar o carro!...

- Mas eu faço questão. Esta é uma situação de empréstimo particular, e eu não quero que haja dúvidas quanto ao cumprimento das minhas obrigações.

- Claro, Doutor….

- Trate-me bem da viatura, por favor, olhe que vale mais de 100.000€.

- Claro que sim… será já guardada na garagem do Banco.

- Muito obrigado pela sua atenção.

Despediram-se e o Dr. Jacob foi para casa.

 

 

Quando a esposa o cumprimentou e lhe viu um sorriso nos olhos, perguntou-lhe o que se passava.

- Pronto mulher, já resolvi o problema do estacionamento do carro durante o mês que vamos de férias para o estrangeiro.

 

Bom fim-de-semana a todos

 

publicado por Tretoso_Mor às 11:41
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Quinta-feira, 11 de Setembro de 2008

As expressões para "fugir"

A malta hoje em dia usa bué de expressões novas, parece-me que, com o sentido de abreviar a comunicação e de, simultaneamente, reduzir o esforço de pronunciar as sílabas todas.

 

Não vou aqui referi-las, pois não é essa a minha intenção. Esta manhã, por ouvir uns alunos de uma escola perto do escritório utilizar vocábulos reduzidos, lembrei-me apenas que no “meu tempo”, usávamos palavras que substituíam as originais, num contexto da TRETA, mas que eram palavras que eu achava engraçadas.

 

Por exemplo, para os actos de fugir  ou sair, em vários contextos tinha diversas palavras alternativas:

 

  • Pira-te daqui p’ró teu pai não te ver…
  • Pisga-te antes que ela te veja…
  • … e quando eu cheguei, o gajo deu logo de frosques
  • … eheheh!... e quando nos viram, deram de espianta!...
  • Assim que chegou o pai dela, dei logo à sola!
  • O gajo estava tão cagado de medo que deu à soleta e só parou no Sámoco.
  • Não havia outra hipótese, com o granel que estava montado, tínhamos de dar à de Vilas Diogo
  • Olha, vamos mas é dar corda aos sapatos que os mânfios vêm aí!...
  • Monta-te mas é nos calcanhares e bute no ir.
  • Cava daqui, canudo!
  • Corre!
  • Escapa-te pelo meio dos carros!..
  • Dá-lhe gás, que o gajo não te apanha.
  • Safa-te daqui, e é já!...
  • Dá de fuga que os tipos não são p’a brincdeiras!
  • Basa daqui antes que te entales.

 

De momento não me lembro de mais, mas eram palavras muito usadas, de que gostava muito e que hoje me lembraram as “aventuras” de miúdo.

Hoje deu-me para esta TRETA!...

 

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publicado por Tretoso_Mor às 12:57
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Terça-feira, 9 de Setembro de 2008

As desigualdades do Homem!...

 

Há três dias passei-me dos carretos!...

 

Apesar de nos dias em que não tenho nada marcado com clientes, não precisar de trazer o “fato de macaco” (fato completo com camisa e gravata), acabo sempre por o trazer. Como ainda me sinto com o “clima” de férias, ontem vim com traje “casual”, ou seja, vim à vontade.

 

Pimba!... Nesse dia, houve um cliente que me chamou.

Vou a casa trocar de roupa, não vou, andei por aqui meio indeciso, até que dei de frente com uma colega, com uma camisa fina vestida (transparente), colarinho aberto (decote acentuado), calça justa (corpo bem marcado), pés de fora (sandálias), a olhar para o relógio, já pronta para sair para a mesma reunião.

 

Perguntou-me o que se passava, ao que respondi que não estava vestido em condições para aquela reunião, com o Administrador de uma empresa Seguradora.

Com um ar “superior”, responde-me ela:

- Claro!...

 

- Claro?!....

- Mas claro porquê?...

- Essa agora!... E olhando melhor para ela comentei a roupa que tinha vestida.

Resposta imediata:

- Mas eu sou mulher!...

 

Depois de meditar um pouco, decidi ir como estava vestido.

Ao entrar no gabinete do Administrador, cumprimentou a senhora todo cheio de salamaleques e quando me estendeu a mão para me cumprimentar, franziu o sobrolho, inclinou a cabeça levemente para o seu lado direito, e com um sorriso trocista perguntou-me:

 

- Então, hoje não se trabalha?...

 

Estive para lhe responder torto, com uma daquelas minhas TRETAS que ele já conhece muito bem e o deixam com a raiva de quem fica desarmado sem resposta. Contive-me.

 

Depois da reunião, amadureci a meditação feita no escritório e questionei-me, mas afinal onde é que as mulheres estão em desvantagem perante os homens?...

 

Comecemos por cima:

 

“Penteiam-se” ou põem o cabelo como querem, nunca estão despenteadas.

Levam o cabelo da cor que querem, estão sempre “mais novas” que nunca.

Com cremes ou com base, estão sempre com o aspecto adequado, para qualquer ocasião.

Vestem-se como querem, estão sempre preparadas para o encontro mais formal que possam ter.

Usam camisas transparentes, parece o betão mais opaco que se possa vestir.

Usam os três ou quatro botões de cima da camisa desabotoados, parece que usam a gravata mais linda do mundo, a atestar para os olhares embevecidos para o adereço imaginário.

Vestem calças apertadinhas, apertadinhas, ao ponto de se rasgarem em várias partes, mas trazem sempre um tecido muito resistente.

Vestem mini-saias, mais parecendo cintos largos, mas estão formalmente prontas para a reunião mais “delicada”.

Andam com os pés de fora, mas usam as sandálias mais elegantes do mercado.

 

Mas afinal, com quem é que existe discriminação, com as mulheres, ou com os homens?...

 

Já sei que este Post é “polémico” e algumas pessoas ao lê-lo, vão virar-se na cadeira, mas eu não podia ficar calado com certas TRETAS que ouço sobre a “descriminação” feminina!

 

Vá, não fiquem zangadas(os) comigo porque esta, era apenas uma forma “diferente” de ver este problema.

 

publicado por Tretoso_Mor às 13:12
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