Quarta-feira, 27 de Agosto de 2008

O Adultério

O que é o adultério?

Quando se comete adultério?

 

Ao ler um Post da Lampeirota, por analogia, lembrei-me destas duas perguntas que muitas vezes coloquei.

 

O adultério é apenas o acto do relacionamento com uma terceira pessoa, que se interpõe a um relacionamento estável?

 

Segundo os cânones da nossa sociedade, sim!..

 

Então, e quando alguém, com um relacionamento estável, pensa como seria bom estar com outra pessoa?

Assim do tipo, … mas que grande queca que lhe dava!...

Espera!... Pensa ou deseja?....

 

Mau!....

Mas afinal, onde termina a fantasia e começa o adultério?

 

Entre ver um filme pornográfico e participar no filme, vai uma grande distância.

Entre ler um romance amoroso e ser a personagem principal, também existem diferenças!...

 

Bom, para mim, o adultério comete-se quando um dos elementos do casal, se relaciona mental ou fisicamente com um terceiro elemento, sem o acordo ou o conhecimento do outro.

Essa história de se ser “absolvido”, porque não consumou o acto, é pura TRETA.

Não o fez, mas pensou-o!...

 

Mesmo numa relação dita “aberta”, o adultério começa a existir quando um dos elementos se começa a relacionar com um terceiro, omitindo o facto.

 

Não vou aqui explorar se está certo ou errado esse comportamento, apenas gostaria de dizer que é a sociedade que cria os conceitos e os preconceitos, inibindo muitas vezes a frontalidade e a felicidade.

 

publicado por Tretoso_Mor às 12:40
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Segunda-feira, 25 de Agosto de 2008

O bidé da Senhora Marquesa.

 

 

 

Há um local muito aprazível, a norte de Lisboa, e a sul da Figueira da Foz (quero ver se adivinham de que local estou a falar), para onde costumo ir passar os meus fins-de-semana para “recarregar as baterias”. É uma praia para onde vou desde que nasci, à qual me afeiçoei e sem a qual não consigo passar.

 

Conhecida pelo Bidé da Senhora Marquesa, por ser uma baía, sem ondulação, onde outrora a “realeza” deste Portugal se juntava para passar a época balnear. Sendo uma baía, com água pouco batida, tem uma temperatura muito agradável, comparável frequentemente com a temperatura das águas do Algarve. Este facto permitia a Duquesas e Marquesas, conversar com a água pela cintura, fazendo sabe-se lá o quê, daqui derivando o nome “simpático” pelo qual hoje é conhecida.

 

Depois desta pequena introdução, apetece-me hoje falar de um acontecimento anual, inserido nas festas de verão da vila, “O abraço à Baía” e na “palhaçada” que está por de trás deste acontecimento.

 

Muitas notícias têm corrido sobre a eventual poluição das águas daquela baía, tudo porque a praia acaba por estar dependente da boa vontade política de duas Câmaras Municipais, a de caldas da Rainha e a de Alcobaça! (hein?... será que já adivinharam de onde estou a falar?).

Este acto de abraçar a baía, quase patriótico, pois aparecem lá sempre as revistas cor-de-rosa para noticiar, tem como objectivo alertar para a preservação da baía!..

(Preservação é: limpeza, despoluição, desenvolvimento turístico.)

 

Aqui é que começam as TRETAS!...

É que a malta que abraça a baía, é a malta que leva os canitos a passear para a praia, deixando as cagadas imensas destes bichos na areia, onde as crianças dos outros depois vão brincar (eu tenho cão e filhos).

É a malta que compra as pevides e os tremoços e deixam as cascas espalhadas em tudo quanto é sítio (Eu adoro comer umas boas pevides e tremoços com um “bjeca” a acompanhar).

É a malta que leva os almoços para os filhos comerem na praia, mas não os ensinam a deitar os resíduos nos caixotes de lixo.

É a malta que à noite entra pela praia, rasgando os panos das barracas e roubando as cadeiras.

É a malta que à noite destrói tudo por onde passa, canteiros, bancos de rua, carros.

 

É a malta que tem casa na vila, mas não põe lá os pés durante o ano e aparece no verão para poluir, estragar e aparecer nas revistas cor-de-rosa.

 

Esta atitude dá-me a volta cá dentro.

 

Recuso-me a participar no “Abraço à Baía”, porque eu abraço-a todas as semanas.

 

Fumo, mas tenho um cinzeiro de praia para não poluir.

Como tremoços e pevides mas tenho sempre um saco para as casacas.

Bebo umas cervejas, mas se não o fizer num estabelecimento, deito os vasilhames no lixo.

Almoço na praia, mas tenho um saco para os resíduos.

Tenho um cão mas levo-o a passear para o pinhal ou para o mato.

Tenho duas filhas a quem ensinei a usar o caixote do lixo e a respeitar o sítio onde estão.

Faço canoagem e vela, mas não lavo o material com água doce nos duches da praia, lavo-o em casa.

 

Enfim, se gostam realmente desta baía, abracem-na todos os dias que lá forem. A melhor fotografia, é a de uma rua limpa, ou uma praia sem lixo.

 

Hoje deu-me para o sentimento!

Há dias assim!...

 

Nota final: é verdade, já sabem de onde estou a falar?

(Pémio para quem acertou)

Prémio para quem acertou

 

publicado por Tretoso_Mor às 11:59
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Quinta-feira, 21 de Agosto de 2008

Nostalgia!...

Hoje comentei um post da Canuca, com um poema de Bocage que me deixou nostálgico.

Lembrou-me as coboiadas do meu grupo de moçoilos e moçoilas, quando á noite íamos a bares com música ao vivo. A nossa “trupe”, que logo na primeira pausa do artista para refrescar a garganta, fazia um “número de sapateado", acabava por ter  de terminar o espectáculo, pois o público não nos deixava mais sair do palco e só permitia a presença do artista principal, desde que acompanhado por nós.

 

Como a TRETA da idade já não perdoa, fazendo com que a porra dos olhos fiquem envidraçados quando me lembro de certas coisas da juventude, e não tenho vergonha de o dizer, respondendo por aqui à Dª Antónia Ferreirinha, lembrei-me que um dos números apresentados, era um recital de poesia dito por mim, em que o autor preferido era Bocage.

 

Vou tentar passar aqui o poema por onde começava o “número”. Sei que falta uma estrofe da qual já não me recordo na totalidade e as minhas desculpas se algumas palavras não corresponderem ao original, mas o “Alemão” se calhar já anda por aqui às voltas e eu não encontro na Net o poema.

 

Dvirtam-se.

 

A Um Tabelião caduco com mulher moça casado

 

Um tabelião caduco

Com mulher moça casado,

Vai portar no seu estado
Por fé o sinal de cuco.
Como já não deita suco
Por mais que puxe os atilhos,
Não lhe hão-de faltar casquilhos
Para a moça amantes novos,
Que lhe vão galando os ovos,
Ele cá criando os filhos.

 

Ele diz que assim o quer;

Mas de raiva dará pulos,
Vendo que são actos nulos
Os actos que ele fizer:
Sem ter direito à mulher
Que será deste demónio?
Logo então qualquer belónio
Lhe desmancha o casamento,

Porque não tem instrumento

Com que prove o matrimónio.

 

Tenha embora muita renda,

Seja lavrador morgado,
Mas para homem casado,
Sempre tem pouca fazenda.
É provável se arrependa
A pobre da rapariga,
Que se agatanhe e maldiga,
Quanto na noite da boda
Correr a seara toda,
E não encontrar a espiga.

 

 

Manuel Maria Barbosa du Bocage

 

 

 

publicado por Tretoso_Mor às 12:09
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Quarta-feira, 20 de Agosto de 2008

A Internet

Parece-me que muita gente ainda não percebeu as vantagens de existir Internet.

 

Este advento, permite-nos dispor de informação rapidamente, comunicar eficazmente por todas as vias e divertirmo-nos de diversas formas.

 

A Internet coloca-nos o mundo dentro de casa.

 

Cada um tem uma forma própria de a usar e de com ela interagir. Claro que não tenho nada a ver com isso.

A TRETA começa quando alguns caramelos que por aqui andam, resolvem invadir o espaço dos outros, tornando-se ordinários no trato.

 

Quando iniciei este blog, pensei que as balelas que tinha lido em alguns comentários, claramente atentatórias da dignidade de quem escrevia os textos de base, seriam de pessoas que se conheciam e procuravam a provocação directa. Claro que quem comentava “ranhosamente”, nunca se identificava, o que sempre me deixou a ideia dos putos do meu tempo que davam um murro quando um tipo estava distraído e depois fugiam.

Como pensei dessa forma, achei que poderia abrir o blog a comentários livres, até porque ninguém na altura sabia quem era o autor!..

Assim o fiz!..

 

Pois devem existir uns animais, porque de outra coisa não se trata certamente, que estão atentos aos blogs que se iniciam, e logo choveram comentários rascas e ordinários.

 

Bom, perante esta TRETA, a solução seguinte foi sujeitar os comentários a uma aprovação prévia.

 

Era necessário este esclarecimento às pessoas que me visitam e que poderão ficar admiradas pela restrição imposta por mim.

 

Por outro lado, hoje, numa série de bolgs de visita diária, e que um dia destes mencionarei aqui, verifiquei o mesmo tipo de atitude para com bloguistas que escrevem muito bem.

 

É lamentável!

 

publicado por Tretoso_Mor às 13:42
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Terça-feira, 19 de Agosto de 2008

As TRETAS das brincadeiras dos miúdos.

No meu tempo, que não é assim tão longínquo como isso, as brincadeiras baseavam-se fundamentalmente em jogos de rua, utilizando o espaço e o nosso corpo, como instrumentos para a brincadeira, socorrendo-nos frequentemente de brinquedos artesanais, feitos por cada um de nós na maioria das vezes.

 

Recordo-me da apanhada, do jogo do salva, da cabra cega, do esconde-esconde, do jogo do alho, do futebol (muitas vezes com bolas de trapos), do rugby, neste caso para falar de alguns dos jogos simples e quase sem necessidade de brinquedos.

 

Claro que havia também o jogo do mocho, da malha, as rodas de motoreta conduzidas com um pau, ou as rodas mais pequenas, muitas vezes aros dos arados, conduzidos com um arame comprido com meia-volta na ponta inferior. Recordo-me ainda das tábuas ensebadas, dos carrinhos de rolamentos, das trotinetas de madeira (feitas também com rolamentos) e das bicicletas e das sempre problemáticas corridas e gincanas que fazíamos.

 

Havia ainda as fisgas, as afundas, as canas de pesca (canas dos canaviais com um fio e anzol na ponta), que nos permitiam introduzir as práticas da caça, da pesca e do tiro ao alvo.

 

Hoje em dia, claro que os miúdos não conhecem nada disto. São os jogos da Playstation , Xbox, computador, telemóvel, que os entretêm.

 

Resolvi estas férias desafiar o meu sobrinho, com 12 anos a fazer uns joguinhos na Playstation2 (PS2).

O futebol já eu tinha tentado em tempos, mas nunca me entendi com os botões. Quando dava por mim, estava a dar cacetada nos meus jogadores, ou a meter golos na própria baliza.

 

Resolvi desafiá-lo para umas corriditas de carros. Como ele ainda por cima tem um jogo novo pensei que, não conhecendo as pistas, lhe poderia levar alguma vantagem.

Qual quê!... Levei uma tareia, que quase dava para ele fazer duas corridas seguidas, enquanto eu fazia só uma!

 

Fui para casa e, na minha PS2; sim porque também comprei uma o ano passado, para tentar jogar uns jogos de estratégia. Claro que ainda não joguei, pois não tenho paciência para ler as instruções dos jogos; treinei um pouco num jogo antigo de corridas que o meu sobrinho tem. Aquilo não estava a resultar, até que descobri a forma de o vencer!... Yesssss!….

Há uma opção naqueles jogos, para conduzir o carro com mudanças manuais, em vez de o fazer com caixa automática. Treinei um pouco e no outro dia desafiei-o para nova corrida.

Ele preparou-se, mas informei-o que teria de correr com mudanças. Ele não gostou da ideia, embora eu lhe tivesse explicado com funcionavam as mudanças e o tivesse posto a correr numa pista para treinar.

 

Eheheh!...

Esfreguei as mãos de contente e começámos um campeonato!...

Bolas!.... Em cinco provas, só ganhei uma, a primeira!

 

O miúdo, com uma destreza de dedos impressionante, e uma coordenação motora notável, bateu-me como quis!

Mais, tínhamos de preparar o carro, de acordo com as características da pista. Os aspectos técnicos estavam em Inglês. O safado do rapaz, até a preparação do carro acertava!...

 

Acabei por ficar a pensar se esta nova modalidade de jogos é assim tão nociva quanto muitas vezes pensamos.

Claro que há jogos e jogos!...

Claro que há o tempo que os miúdos gastam agarrados à “máquina”.

Claro que há um isolamento natural das crianças, até porque estes jogos admitem um número muito restrito de participantes.

Claro que há a falta de contacto com a natureza.

 

Mas se soubermos ajudá-los a escolher os jogos, a gerir o tempo ligados ao jogo e a gerir participação de um grupo, até que nem são assim tão maus!

 

Bom, agora só me resta, pô-lo a jogar comigo um jogo de estratégia, e esperar pelo resultado final!..

 

Ai, ai!.... Nem quero pensar no que pode acontecer!

 

Só depois o vou desafiar para jogar alguns dos meus jogos tradicionais.

 

 

publicado por Tretoso_Mor às 09:40
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Segunda-feira, 18 de Agosto de 2008

De volta ao batente.

Pois é!...

 

Acabaram-se as TRETAS!...

 

Está na hora de pegar no batente.

O que é bom acaba depressa.

Mais dois diazitos, davam mesmo jeito.

Mandei um fax para o patrão a pedir os dias, mas o tipo não me respondeu!

O sítio onde estava era um paraíso, nem Internet havia.

Lá, Só há duas estações no ano: O Inverno e a do Comboio.

Comer e dormir, o corpo estava a pedir.

 

Agora recomposto é que vão ser elas!..

 

Até já.

 

publicado por Tretoso_Mor às 15:51
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Sexta-feira, 1 de Agosto de 2008

Comunicação à blogosfera

Pretendo através desta TRETA,  fazer um comunicado à blogosfera.

 

Nos dias que correm, é necessário munirmo-nos de toda a informação necessária para podermos salvaguardar do contexto institucional, todas as funestas acções desencadeadas na tentativa de desestabilizar o normal funcionamento dos órgãos de soberania da blogosfera.

 

Os estatutos a ser aprovados na atmosfera, não podem de forma alguma permitir a estratificação literária, nem impedir o livre arbítrio do pensamento alheio.

 

Nós, bloguistas… blá, blá, blá….

 

 

Pessoal!

Vou estratificar numa beach com areia e tudo, e esquecer as TRETAS que por aí se passam. Aliás, nem tenho outra hipótese, porque aquilo é tão paradisíaco, mas tão paradisíaco, que nem internet tem.

 

Voltarei em meados de Agosto, e contem comigo, com cabeça fresca, para as TRETAS que se avizinham.

 

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publicado por Tretoso_Mor às 22:51
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