Na Real República do Troca-o-Passo, onde se passam todas as TRETAS que a vida nos pode pregar, o SIREF (Serviços de Informação e Extorsão Forçada), acabou de recolher dados vitais para análise do Governo.
- Senhor Procurador-Mor, não me peça para pactuar mais com esses vermes.
- Shiuuuu!... Oh homem, você tenha cuidado como fala do nosso Ministro-Mor e do Ministro das Regras! Alguém pode estar a ouvir-nos….
Após um silencioso olhar desconfiado, o Procurador continuou:
- Eu também não quero pactuar com eles, precisamos é que o senhor e os outros Justiceiros, como suporte da Justiça, tenham calma e paciência para, aos poucos podermos ir ganhando o nosso espaço.
- Calma, senhor Procurador?...Então o Ministro-Mor aparece em público a sublinhar a independência do Poder Judicial face ao Poder Político e depois vão legislar, tramando completamente a nossa soberania e nem sequer nos ouvem?
- Lá está você!... Caramba, as alterações que eles fizeram, até nos alivia o trabalho!...
- Pois, mais desculpas para nos cortarem as férias!...
- Para além disso, Senhor Procurador, agora vem a aplicação da responsabilidade dos erros cometidos nas sentenças!... pff!... Não faltava mais nada!...Qualquer dia estão a aplicar-nos a nós o Cúmulo Jurídico, e somam as indemnizações correspondentes a todos os erros cometidos ao longo da carreira.
- Nada disso. Oiça, com as alterações, O Dr. Causídico, como afamado Justiceiro, sabe perfeitamente que pelo menos se reduziram as burocracias nos Fóruns das Regras e os processos estão a correr mais rapidamente. Para além disso, ninguém nos pode responsabilizar de nada!...
- Desculpe-me a expressão, Senhor Procurador, mas isso são TRETAS!..
- Não são, não. O senhor sabe muito bem que os nossos Políticos trataram desse assunto logo quando fizeram a Constituição, e o presidente do Supremo Fórum das Regras de Justiça, veio a terreiro falar disso.
- Sim, Sim…
- Dr., Não abane a cabeça com essa indiferença. O Justiceiro é um dos titulares de órgãos de soberania que, tal como um Ministro ou um Deputado, actua em nome do Estado e de acordo com o princípio constitucional do mandato, não deve ser responsabilizado.
- A ver vamos, como diz o cego. Acredito que aquela corja que se senta na Assembleia Nacional do Real Trambolhão, sejam sempre ilibados de todas as responsabilidades, agora nós?... Eles podem fazer as regras, mas nós não podemos fazer a Política. Estaremos cá para ver…
- Dr, enquanto os senhores estiverem a sentenciar prisão domiciliária a arguidos com acusação por violência doméstica!... Ah pois,... De que estão á espera?....
- Pode ser que assim percebam o que andaram a legislar…
- Mas não é assim que se resolvem os problemas… Este braço de ferro vai acabar mal…
- Vai, mas não é para nós, que assim não estamos sujeitos às ameaças, outrora constantes, dos amigos e familiares dos arguidos. Pelo menos descansamos um pouco e deixamos as dores de cabeça do lado do Governo, em combater a escalada da criminalidade.
- Assim não vamos lá, Dr. Causídico…
- Nem o Ministro-Mor!... eheheheh
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