Segunda-feira, 21 de Julho de 2008

A Amizade

Hoje vou sair das TRETAS que têm dominado os meus temas, para falar de algo mais “socializante”. A Amizade.

 

Em boa verdade, cada vez mais se tem banalizado a palavra Amizade. Os Amigos já não são apenas aqueles em quem confiávamos tudo (excepto as nossas primas), a quem contávamos tudo (excepto as saídas com as primas deles) e com quem podíamos contar para tudo (excepto para nos apresentar as respectivas primas).

 

Enfim, com o advento da Internet, tornaram-se Amigos, aqueles que nunca ninguém viu, nem mais gordo ou mais magro, aqueles que nem nome real têm, e até mesmo aqueles que nem sequer existem!...

 

A TRETA da Amizade, tornou-se “interneticamente” falando, uma virtualidade real, aproximando os mais afastados, é uma verdade.

 

A Amizade é um conceito unânime quando pedimos uma definição rápida, mas subjectivo quando verificamos as aproximações reais que acontecem.

 

Na verdade, os Amigos podem ser de qualidade diversa:

 

O Amigo da TRETA

O Amigo da Onça

O Amigo do Alheio

O Amigo Virtual

O Amigo das Borgas

O Amigo Colorido

O Amigo Verdadeiro…

 

Enfim, todos sabemos também, que muitos anos se demora a criar um Amigo, mas rapidamente se pode quebrar a relação com esse Amigo:

 

Amigo a pedir; inimigo a restituir;

A casa do amigo rico irás, sendo requerido; a casa do necessitado, sem seres chamado;

Amigo não empata amigo;

Amigos, amigos... negócios à parte;

Amigo de todos, amigo de ninguém;

Enquanto há dinheiro, há amigos;

No jogo se perde o amigo e se ganha o inimigo…

 

Bom, poderia prolongar-me com esta TRETA dos provérbios, mas gostaria apenas de dizer que, tal como servi um dia numa Posta de Pescada….

 

A Amizade, é outra coisa!....

 

Como tal, quem serão os Amigos?...

 

Tretoso Mor

 

publicado por Tretoso_Mor às 15:13
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De VS a 23 de Julho de 2008 às 19:26

OS AMIGOS "
Amigos, cento e dez, ou talvez mais,
Eu já contei. Vaidades que eu sentia:
Supus que sobre a terra não havia
Mais ditoso mortal entre os mortais!

Amigos, cento e dez! Tão serviçais,
Tão zelosos das leis da cortesia
Que, já farto de os ver, me escapulia
Às suas curvaturas vertebrais.

Um dia adoeci profundamente. Ceguei.
Dos cento e dez houve um somente
Que não desfez os laços quasi rotos.

Que vamos nós (diziam) lá fazer?
Se ele está cego não nos pode ver.
- Que cento e nove impávidos marotos!


Camilo Castelo Branco

É o meu contributo... para a "Treta"

1 Abraço



Vitinho


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