- Dr. Paulo Portões, o Inspector Judite quer falar-lhe.
- Diz-lhe que não estou. Fui à feira do Relógio.
- Mas…
- Boa tarde, Dr. Portões, precisamos de falar consigo urgentemente.
- Olá, inspector Judite, como está o senhor?... Que prazer voltar a vê-lo!...
- Vamos ao que interessa…
- Sim, claro, mas estava só a ver se me recordava da última vez que nos vimos….
- Sim, andava o senhor submerso…
- Sim, claro, devia estar cheio de trabalho… eheheh
- Nada disso, o senhor andava era a testar submarinos!
- Ah!... Claro, nem me lembrava disso…
- Muito bem, agora que refrescou a memória, talvez nos possa ajudar.
- Teria todo o prazer. Ora diga lá.
- Andamos à procura de 30 milhões de euros que desapareceram no negócio da compra dos submarinos.
- Ah!... Não me diga uma coisa dessas!... Mas como é possível?...
- O Dr. Portões tem a certeza que esse dinheiro não estará... sei lá... esquecido numa gaveta da sua secretária?...
- Oh Inspector Judite, claro que não está!
- Então onde poderá estar?..
- Olhe que eu não sei mesmo!.. Mas também, isso são só uns troquitos…
- Seja como for temos de os encontrar.
- Passado este tempo todo será difícil… Possivelmente já o gastaram.
- Quem?..
- Não sei, a empresa dos submarinos, provavelmente…
- Esses não receberam o dinheiro.
- huummmm!... só se foi o comissionista…
- Esse não viu um tostão da comissão!
- Então não terá sido a empresa de consultoria a receber esse dinheiro?...
- Esses receberam o valor a que tinham direito.
- Mau!... Terá sido a Sociedade de advogados?...
- Esses têm uma avença por 20 anos com o Ministério da Defesa e recebem religiosamente todos os meses.
- Não estará no Ministério?...
- Não porque o dinheiro foi gasto.
- Ai Inspector!... Não me diga que o dinheiro desapareceu!.... Maroto!
- Doutor Xico Curto, o senhor está perante esta Comissão Parlamentar de Inquérito, para nos esclarecer sobre o que aconteceu com o Banco dos Negócios.
- Sim…
- Pretendemos apurar as responsabilidades do que aconteceu com o negócio de Porto Rico.
- Estou ao dispor das autoridades para esclarecer o que tiver de esclarecer.
- Das autoridades?...
- Sim.
- O senhor é obrigado a responder perante esta Comissão Parlamentar!...
- Pois…
- Sob pena de acusação de “Crime de desobediência qualificada”, se não responder!
- Comecemos então que eu tenho muitos negócios à minha espera.
- Por quanto foi feito o negócio da Biometrics?
- Não me lembro.
- Porquanto foi….
- Não me lembro.
- Quando foi feito o….
- Não me lembro.
- Como foi feito o….
- Não me lembro.
- O Senhor, doutorado como é não se lembra de nada?..
- Não, não me lembro.
- Estamos a ver que o Prof. Doutor Xico Curto também tem a memória curta! Mas lembra-se que pode ser acusado de…
- Sim, lembro-me porque mo disseram mesmo agora e porque isso não tem a ver com nenhum negócio. Mas lembro também os senhores que eu respondi a tudo!...
- Mas não como nós queríamos! Assim não podemos apurar responsabilidades!
- Mas quem são os senhores para apurar responsabilidades do que quer que seja?...
- Como?!...
- Sim, como é que se põe um grupo de indivíduos, que por definição das suas funções como deputados, não podem ser responsabilizados por nada do que fazem ou decidem?...
- Mas nós…
- Mas nada! Se alguém me tiver de responsabilizar pelo que quer que seja, levem-me a tribunal.
- Mas…
- Sim!... Aquele “sítio” onde os senhores se furtam a comparecer, escudando-se na imunidade Parlamentar!...
- Mas…
- Encontrar-nos-emos por lá, se os senhores tiverem a coragem de por lá aparecer. Ah!.. tenham atenção porque podem vir a lume, durante o inquérito, os investimentos feitos por alguns Senhores Deputados em Off-Shores!...
Mais uma história da TRETA a propósito de uma notícia de hoje.
Triiimmmm
Triiiimmmm
- Estou sim, daqui fala dos Bombeiros Voluntários do Socorro em Sofrimento. Bombeiro Ágil em linha.
- Fala do INEM, médico Aflitos. Temos uma emergência aí na vossa localidade do Socorro em Sofrimento.
- Sim senhor. Dê-me as coordenadas.
- Já dou. Porque é que vocês não atendem a linha directa no CB no canal do INEM?
- Senhor “Dótor”, o CB avariou.
- E porque não nos avisaram? Nós substituíamo-lo!
- Avisámos sim. Até mandámos o aparelho há 3 meses atrás.
- Ok, ok, vamos ao que interessa. Preciso que vão ao casal dos Isolados buscar uma senhora que está com problemas cardíacos.
- Mas há um problema, senhor “Dótor”
- Espere, já me conta, Ágil. Pode ser enfarte, AVC… Não sabemos pois os velhotes não souberam descrever os sintomas.
- Sim senhor “Dótor”, mas agora há dois problemas…
- Espere, já me conta, Ágil. Quando recolherem a senhora, liguem para mim de um telemóvel para poder ir dando indicações de acordo com a vossa descrição.
- Sim senhor “Dótor”, mas agora há três problemas…
- Espere, já me conta, Ágil. Depois de deixarem a senhora no hospital, não se esqueçam de elaborar o relatório e de nos enviar por fax para podermos pagar-vos o Prémio de Saída.
- Sim senhor “Dótor”, mas agora há quatro problemas…
-Oh homem, mas por cada coisa que lhe digo você vai aumentando os problemas?...
- Pois é senhor “Dótor”!
- Então?!...
- Senhor “Dótor”, o primeiro é que não temos gasóleo na ambulância, nem dinheiro para abastecer, e o senhor sabe porquê…
- Caramba!... então nas bombas não vos vendem fiado?... Olhe que isto é uma emergência!
- Não senhor “Dótor”, aqui fiado, só nós, porque as pessoas fiam-se em nós para as salvarmos…
- Ok, ok, então e qual é o segundo problema?...
- Nós não temos meios nas ambulâncias, nem podemos usar desfibrilhadores sabe aquela história do jogador do Benfica, o Feher?.. nem formação temos para socorrer um doente com problemas de coração, como dizem os senhores….
- Oh Ágil, mas agora temos politiquices por aqui?...
- Não, senhor “Dótor”, temos mesmo falta de dinheiro e de capacidade. Mas agora vem o terceiro e o quarto problema, senão a senhora ainda morre. Não podemos fazer chamadas por telemóvel, porque não temos telemóveis e não podemos mandar o fax que pediu, o senhor comandante já trouxe umas resmas de casa dele para cá, mas o papel acabou e não há dinheiro para comprar mais!
- Oh Ágil, afinal o que é que vocês andam aí a fazer?...
- Senhor “Dótor”, nós….
- Ágil, a negarem o serviço assim, como é que vocês querem que o INEM vos pague?...
- Vou na minha carrinha, senhor “Dótor”.
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