Sei que vou entrar num tema muito polémico, mas muito se tem falado sobre a importância das mulheres na nossa vida, a dos gajos decentes, cheios de TRETA na ponta da língua, capazes de achar que fazem tudo correcto vivendo sozinhos.
Vejamos então a importância da sua presença:
Quando tocamos a campainha, já nos estão a dizer que temos de limpar os pés no tapete.
Quando nos abrem a porta, olham para o chão para poderem dar indicações sobre os movimentos correctos do sapato sobre o tapete para melhorar a eficácia.
Quando entramos em casa, somos alertados para pendurar o casaco no bengaleiro, mas no cabide vazio para não amarrotar os casacos delas.
Quando entramos nos lavabos, somos avisados para deixar tudo arrumadinho, porque o local foi tratado meia-hora antes.
Quando pensamos em tirar a indumentária formal do trabalho, somos avisados que aguardamos visitas formais para o jantar.
Quando perguntamos quem nos vem visitar, somos advertidos para o gato que morreu com a curiosidade.
Quando nos dirigimos para a sala, somos avisados que há muito para fazer.
Quando não respondemos logo, passamos a ser tratados pelos dois nomes próprios, quando os temos, sem diminutivos ou expressões carinhosas.
Quando entramos na sala e pegamos num dos comandos, somos repreendidos com o indicador em riste e obrigados a entrar na cozinha.
Quando mexemos na primeira gaveta, somos avisados que não podemos desarrumar nada.
Quando pegamos no frasco da farinha para o arrumar, somos avisados que ainda estamos de fato e não o podemos sujar.
Quando a paciência começa a esgotar-se, perguntamos quem nos vem visitar.
Quando elas vêem o sobrolho franzido, resolvem amuar.
Quando insistimos, elas resolvem dizer:
- São os meus pais!...
Quando pensamos em viver sozinhos, temos de nos lembrar destas coisas todas.
Por isso elas são tão importantes para nós!...
- Meu General, os tipos andam todos à batatada lá por Timor, o que é que fazemos?
- Nem sei!.... Ainda “anteontem” terminámos com o 25 de Novembro, já hoje me estão a chatear com Timor?...
- Sim, mas temos de fazer alguma coisa. As nossas Unidades estão a ser ameaçadas!
- Não nos basta as TRETAS a acontecer por cá, ainda temos de aturar o que se passa nas costas do mundo?...
- Meu General, é urgente uma decisão!
- Olha, manda vir as nossas tropas de volta para Portugal e declara já a Independência.
- Assim, sem mais nem menos?
- Claro!... Eles que se entendam. Depois fala-se com o Almirante Sem Medo.
- Mas se viermos embora, os Indonésios ocupam aquilo!
- Que se lixe, o problema é deles!
- Não pode ser assim, meu General
- Ai pode, pode! Eles não queriam a independência?... Aí a têm!...
- Meu General, mas os Indonésios são uns selvagens.
- E eles não estão a ser também uns para os outros?... Venham todos de volta!
- Meu General… E como vai ser com todas as perspectivas de futuro?... Sabe de que estou a falar, não sabe?...
- Quero lá saber disso!... Petróleo há muito, meu amigo e, para além disso, se algum dia for preciso explorar aquelas reservas, eu já cá não estarei! Outros que as negoceiem…
- …..
- Coronel Autonomia, o senhor já traz aos ombros a responsabilidade de todos os processos de Independência, portanto, trate disso, por favor. Já agora, com data de amanhã, 28 de Novembro de 1975!
- Meu General, devíamos preparar as coisas…
- Eles que preparem, ou quer passar por aquilo que passámos em 60?...
- Meu General, e a quem entregamos o processo em Timor?...
- Hummm!... Deixe lá ver…. Olha, Pode ser à FRETILIN!...
Para alcançar conhecimento, adicione coisas todo o dia.
Para alcançar sabedoria, elimine coisas todo o dia.
( Lao-Tsé )
- O que estás a fazer de braçadeira vermelha?
- Então?!... Nunca tive direito a farda, quero que os camaradas não me confundam!..
- Ninguém te confunde, Ocupação. Está descansado.
- Pois, pois, deves julgar que “tou p’a” levar um tiro na “muchela”?..
- Mas qual tiro?... Estamos todos dentro do quartel! Achas que alguém vai tentar alguma coisa?
- Sim, sim! Eu bem os vejo. Parecem umas “aventesmas” de metralhadora na mão. Nem sabem onde é o botão “p’a” destravar aquela merda!..
- “Tas parvo”?... Não andas de camisa aos quadrados, calças de ganga e lenço encarnado ao pescoço? É o suficiente para saberem quem és!
- Deixa lá estar a “abraçadeira”, assim é mais uma marca para não se enganarem.
- Mas tu pareces muito nervoso!...
- Pudera, se esta TRETA der “p’ó” torto, eu estou aqui mesmo no portão.
- Eh pá!... Mas não vês que está tudo controlado?...
- Não!... Eu não vejo nada! Só vejo os aviões aqui por cima e ouço os megafones lá de baixo ao pé do rio.
- Tem calma! O General Careca e o Capitão Campo Pequeno estão a controlar tudo.
- Como é que sabes?... Os gajos nem estão aqui!
- Para além disso há aqui mais militares no quartel…
- Onde?... Não os vejo!...
- Somo nós, ora essa!...
- Cada vez “tou pior”…
- Vais ver que dentro em breve poderemos dizer que vivemos na Real República do Passo-Vermelho!
- Camarada Comité!...
- Vais ver que…
- CAMARADA COMITÉ, O QUE É AQUILO?....
- O quê?... Eh pá!....
- Diga lá…
- É o chaimite do maluco do Capitão Suicida e “sus muchachos” vindos da Amadora!... FOGE QUE O GAJO VAI REBENTAR COM TUDO!...
Conversa entre amigas ao telefone:
- Estou?... Quem fala?
- Sou eu Cusca, a Cheirinhos, não me conheces a voz?
- Ai querida, descuuuuulpa. Conseguiste regressar do teu almoço?
- Ai filha. Voltei mas nem sabes como!... uff!
- Ficaste com a voz diferente… está esquisita!..Que se passa, Cheirinhos?
-….
- Conta-me que estou curiosa. Mas conta-me tudinho hihihihi.
- Olha o gajo é um cromo!
- Então?...
- Para começar, estava à minha espera, especado numa esquina. O tipo tem assim… ar de cigano, sabes?
- AH!... Não me digas
- Depois, é mais conhecido que o Silva dos Plásticos. Aquilo é boa tarde para uma, como está para outro… Olha, em
- Olha lá, isso não estaria combinado?
- Não me parece.
- Mas ó Cusca, o pior ainda está para vir.
- Conta, conta…
- Olha, levou-me para um tasco. Aquilo era uma barulheira lá dentro que nem imaginas. Quis pirar-me logo.
- E porque não te vieste logo embora?
- Porque queria ver até onde aquilo ia dar.
- Conta, conta…
- Sugeri que comêssemos na “esplanada”. Pfff!... esplanada aquilo!... Era um passeio com cadeiras e mesas. O Gajo acabou por escolher uma mesa sozinha, encostada a uma parede, a abanar como um baloiço e a cair água de uma goteira duas varandas de cima.
- Ah!... Não me digas!... E depois?...
- Bom, depois… Depois falámos de trivialidades.
- Sim, mas de que falaram?...
- Ora, não te vou contar tudo, então?... Isso já é confidencial!
- Ai sim?, Então eu, que estou sempre disponível para ouvir o que te acontece!...
- Cusca, mas deixa-te lá de coisas e conta-me lá tu, como foi a tua saída com o Pintas?
- Essa agora!... Não conto nada! Não tenho nada que te contar a minha vida!...
Bom, a Brilhosinhos, mencionou-me para estar com ela num desafio que lhe foi lançado por uma amiga blogueira.
Eu não tenho muito jeito para estas coisas, mas como é para dizer umas TRETAS, vou entrar no desafio.
Basicamente a Segredo Cor de Rosa, propôs à Brilhosinhos, que por sua vez propôs a oito Tretosos Brilhantes, entre os quais se encontra o Mor, que partilhassem oito dos seus sonhos.
A Regra requer que eu apresente os meus oito sonhos, apresente uma lista de oito bloggers para apresentarem os seus, e que comente no Brilhante e não menos polémico Blog da Brilhosinhos, “Brilhozinhos”e depois, terei de comentar em cada um dos blogs que eu tenha convidado.
(Nota: Não me enganei a escrever o nome da Brilhosinhos, é mesmo com “s”)
Vou então referir oito dos meus numerosos sonhos, sem que a ordem de apresentação tenha de coincidir com a ordem de importância.
1 – Felicidade e saúde para todos os que me rodeiam.
2 – Que eu tenha engenho e arte para poder dar às minhas filhas o que elas necessitam.
3 – Que se concretize tudo o que as minhas filhas quiserem.
4 – Que a empresa onde participo faça história no sector de actividade em que se encontra.
5 – Que os nossos Governantes trabalhem com seriedade para que os nossos filhos possam ter boas perspectivas e melhores condições que nós.
6 – Que eu tenha saúde e dinheiro para poder estar todos os anos, numa ilha paradisíaca e numa estância de esqui.
7 – Que eu tenha disponibilidade para ajudar quem, perto de mim, precisar.
8 – Um dia ser treinador de futebol.
Lanço agora o mesmo desafio aos seguintes oito Tretosos que leio:
Patrícia – “Não me apetece pensar”
Jorge Pessoa e Silva – “Rio Logo existo”
Veludinho – “Blue Velvet”
Paulo Lontro – “Lontrices”
Canuca – “Ora ponha aqui o seu pezinho”
J. Lopes – “A ver navios”
SWT – “SWT-Sulada”
Cantinhodacasa – “Romântica”
- Oh Carlos, não te preocupes, vais ver que são favas contadas!
- …
- Confia em mim Carlos que sou o melhor do Mundo, e o segundo melhor e o terceiro melhor também.
- Cristiano, podias era ter-me dito que a fava éramos nós!...
Tenho um cão em casa. De raça “vira-lata” é um animal muito simpático, meigo, ternurento, alegre, sociável.
Mas como qualquer animal, foi concebido pelo Supremo da Criação para viver no seu meio, para viver em liberdade.
À noite, quando o levo à rua antes de se deitar, o Snoopy, fica contentíssimo por ser eu a desempenhar tal tarefa.
E porquê?...
É que se for eu, levo-o sem trela. Levo-o a passear para um descampado. E isto tem a ver não só com a aparente sensação de liberdade que o bicho deve sentir , como ainda pela privacidade que lhe concedo.
Ou seja, qualquer das minhas filhas, leva-o pela trela, com medo dos carros, não se afastam da porta de casa, porque têm medo da noite e porque temem outros cães que possam aparecer.
Pelo contexto, ainda o canito era pequeno, mas já era o segundo que tinha, imaginei umas TRETAS e tudo o que a elas estava ligado.
Imaginei-me em casa do meu melhor amigo, e de repente…
- Oh João, onde é a casa de banho?
- Estás aflito?...
- Sim, estou.
- “Bora” lá abaixo.
- Trazes casaco?
- Espera aí, não abras a porta, tenho de te por a trela, por causa dos vizinhos.
- Está aqui a argola da coleira…
- Pronto, já está.
- João, podemos ir ao descampado, ou ficamos aqui no jardim ao lado da porta?...
- Se não fugires para a estrada podemos ir ao descampado… ei!.. espera, não puxes senão vamos os dois pela escada abaixo!
- “Tou” aflito, pá.
- Calma…
- ….
- João, deixa-me ir à vontade.
- Não que tu és maluco e depois foges.
- Eh pá, deixa-me fazer aqui uma mijinha!...
- Não podes, pá, “tas” doido?.. Não vês que é o canteiro das rosas da vizinha rabugenta?
- Bolas!... mas a tua vizinha do 3º andar fez aqui!....
-Não me interessa, o descampado é já ali.
- Pronto, está bem!…
- Chegámos.
- Deixa-me ir ali abaixo…
- É melhor não que está escuro.
- Eh pá, não dá jeito nenhum estar a fazer xixi, contigo a olhar!...
- Eu não comento, vá, faz lá que está um frio do caraças.
- Já está.
- Vamos embora?
- Ainda não terminei. Tenho de fazer uma cagada!
- Faz aqui, vá.
- Não dá!... tenho de encontrar a latrina certa!
- Não me chateies, tem de ser aqui.
- Bolas!... e continuas a olhar para mim?
- O que é que queres?...
- Chica, pá!... Olha, dá só mais um bocadinho de trela para apanhar aquele tufo que está ali mesmo a pedi-las.
- humm, hããã, humm, uff!... Já está
- Óptimo, vamos embora para casa.
- posso ir sem trela?...
- Nem penses.
- ... Mas porque é que o meu dono não chegou a horas?....
O meu Tio hoje faz anos. Por tudo o que representa para mim, aqui vai uma pequena homenagem, com um poema da sua autoria.
Já o musiquei e tornei-o numa das canções de que mais gosto.
Por hoje, ficamos só com o poema…
Da série “Poemas sem Título”
Horas vagas, vazias de tempo
Cheias de ócio em lânguido lazer
Cheias de nada que julgo esquecer
Em horas mortas do meu pensamento
Hora a hora
As horas passam
Que me importa
Que nelas façam,
Se hora a hora
Deus melhora
Diz o povo em seu rifão
Cada hora uma paixão
E eu já contei tanta hora
Horas e horas...De horas vagas,
Sem intervalos....Horas inteiras
Esperando outras mais verdadeiras
Em horas mortas do meu pensamento
Hora a hora
As horas passam
Que me importa
Que nelas façam,
Se hora a hora
Deus melhora
Diz o povo em seu rifão
Cada hora uma paixão
E eu já contei tanta hora
Muitos Parabéns!
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